quarta-feira, 27 de abril de 2011

A lá Motel




O sol das 7 da manhã na cara, sapatos em uma mão e a outra, segurando a mão dele. Descabelados, sonolentos, ressacados e juntos, caminhando em direção para o outro quarto.

Quando forem filmar a minha vida, se for um longa Cult, quero que esta seja a cena de abertura para mostrar as pessoas o quão divertidos motéis podem ser.

Voltado ao ponto principal deste texto: “motéis”. É engraçado como antigamente imaginava algo bem desavergonhado. Tinha uma noção altamente preconceituosa em relação à estes lugares.

Achava que sei lá, tinham câmeras instaladas nos ambientes, porteiros que soltavam piadinhas, roupas de cama sujas, um abajur cor de carne e um lençol azul. Mas não é nada disso.

Tirando a atividade mais óbvia que acontece por ali,o motel não é bem essa imagem que muitos(principalmente meus pais) imaginam ser....Por exemplo na minha cidade têm um empresário que fez deste lugar um ambiente que pudéssemos reunir os amigos mais íntimos e meter o pé na jaca entre quatro paredes no fim de semana.

Antes que alguém levante a sobrancelha e me chame de devassa, afirmo aqui aos pervertidos de plantão com todas as letras: NÃO ROLAM ORGIAS. Trata-se apenas de uma opção para quem deseja fazer algo diferente em uma cidade que como a minha, não tem um espaço novo e legal para se ir.

Como na maioria das vezes o desejo em questão é sentar, conversar, beber e ouvir boa música, o motel é uma escolha interessante visto que funciona como se fosse uma casa alheia, sendo que essa casa alheia é toda nossa, não precisa se preocupar em limpar nada ou em manter o tom de voz baixo às 3 da manhã.

Não dá para marcar tais encontros sempre, até porque exige um pouco mais de verba do que em um bar normal. Mas, claro que como o sangue brasileiro flui rapidamente, criam-se meios de contravenção que podem ser aplicados.

Certa vez em uma suíte menor, achamos que o mais prudente a se fazer era omitir alguns convidados. O que foi feito? Dois carros, dois motoristas e o resto escondido debaixo dos bancos.

Comédia foi imaginar que como no nosso grupo os donos dos veículos são do sexo masculino, um encontro gay deve ter sido imaginado pelos atendentes. E mais, um encontro entre gays alcoólatras visto que somente duas pessoas sairiam carregadas de qualquer lugar se tivessem ingerido a quantidade de garrafas que deixamos espalhadas.

As que possuem temas são um caso a parte de entretenimento. Além da excelente estrutura, ainda oferece acessórios e vestimentas que matam todo mundo de rir. Do tipo: roupões de seda vermelhos e brancos que geram briga entre os rapazes junto com os cintos de odalisca que são igualmente disputados.

Claro que para manter o bem-estar de todos, regras são estabelecidas a fim de evitar situações constrangedoras. Ao exemplo dos banheiros: cuidado com a falta de portas.

Particularmente, acho meio absurdo a inexistência das mesmas dentro de alguns quartos. Intimidade além da conta sabe? E por isso dá-se logo um jeito de pendurar uma toalha na frente ou fazer o esquema de luz acesa/apagada para mostrar que tem alguém dentro.

Câmeras também são usadas com prudência. Não é porque seu amigo está bebis de pernas abertas na cadeira erótica que você irá registrar e colocar isso no Orkut. Festa de família sim, mas meio Vegas também. E o que acontece em Vegas…

Um comentário:

moments of my life disse...

Meu Deus, hahahahaha
eh cada loucura, ainda não fui em uma dessas ó, mas deve ser maneiro \o/