quarta-feira, 1 de abril de 2009

Chefe...Chefinho..PATRÃO


Não sei se sou eu que estou muito apegada ao trabalho, mas percebi que os relacionamentos profissionais são bem mais evoluídos que os demais. Neste quadro não há meio termo, ações que denominam as populares expressões ‘pisar em ovos’ ou ficar ‘cheio de dedos’.
Dentro do ambiente de uma empresa tudo é claro e jogado de forma limpa a meu ver. Talvez não esteja sendo direta suficiente, vamos lá então. O seu chefe nunca vai chegar e dizer: ‘Olha, eu acho que você poderia, quem sabe, fazer este relatório melhor. Assim, não me leva a mal, não é você, sou eu sabe? Espero que não fique chateada comigo. Você é ótima. Te peço com muito carinho para refazer este projeto”.
De jeito nenhum uma cena assim seria vista dentro de um local onde os indivíduos estão em busca do próprio ganha pão. No máximo o superior nessas horas chega e pede na lata para ser refeito o trabalho. Com uma data de entrega inclusive. Tempo é dinheiro e este último é igual a satisfação.
Vejamos então, quais os motivos que nos levam a ignorar este tipo de atitude em outros departamentos que também nos fornecem prazer e contentamento? Porque preferimos a enrolação ao invés da franqueza em nossos relacionamentos interpessoais? Não seria tudo mais simples se falássemos diretamente o que ansiamos da outra pessoa?
O medo da resposta não agradar normalmente freia impulsos maiores neste quadro. O “não” é temido, mas devemos criar coragem e apostar naquele velho ditado “Se cair, do chão não passa”. A incerteza sempre será pior dentro de qualquer tipo de relação. Ela interfere contra e não a favor do desenvolvimento emocional.
Uma das vértices acabará iludida, ferida ou magoada e para este problema, outra proposta de emprego não acrescenta em nada. Não dá pra assinar a carteira de trabalho do coração, aumentar seu salário e colocá-lo em um escritório maior pensando que o mesmo ficará automaticamente contente.
Tal aborrecimento é bem mais complexo de tratar e por isso colocar as cartas na mesa logo no início seja algo tão louvável. É, talvez eu esteja entusiasmada demais com a vida profissional. Ou muito esgotada de mistérios.Só sei que de agora em diante, quero mais é dar ou receber ordens do que tentar decifrá-las eu mesmo...