quarta-feira, 27 de julho de 2011

Solteira

Analisando muitas falas das minhas amigas dizendo que eu estou com medo do amor,com medo do relacionamento,que estou ficando uma pessoa fria...enfimm.....eu seriamente fiquei pensativa sobre o assunto...

Mais me alto analisando acho que posso falar p minhas caras amigas e companheiras dessa minha jornada que distinguimos como vida que estou apenas em fase de desintoxicação do meu ex-namoro.....ahahahaha.... Será?! Mas acho que é mais ou menos assim que posso distinguir essa minha fase....Pois meu ultimo relacionamento foi a mais longa e última relação “séria” que tive. Depois disso, tive um affair aqui, outro ali, paixões de uma semana, caras legais, relações impossíveis. Mas nunca mais namorei propriamente. Sempre cavava um defeito – ou sempre havia um defeito – que impedia o crescimento de um compromisso. Quando o cara gostava de mim, eu não gostava dele. Quando eu gostava, o cara não queria nada. E sempre que algo parecia começar a engrenar, eu desistia. Desanimava, enjoava, começava a ver que não era bem o que eu pensava e pronto,a sei lá sabe.... acabava o tesão. Eu passei a me comportar desse jeito depois de viver algum tempo empurrando um namoro falido, quando consegui desencanar e prometi que nunca mais agiria assim, de chama apagada, e só apostaria minhas fichas enquanto estivesse valendo a pena.

Tenho uma amiga que sempre diz: eu é que tenho de escolher com quem eu fico, e não ser escolhida. Ao assumir a posição de avulsa definitivamente, procurei viver assim. Houve quem viesse me perguntar –se eu havia virado uma solteira convicta, dessas que queima buquês de flores e sai por aí deixando filas de pretendentes apaixonados sem dar a eles uma mínima chance. Mas eu não sou assim (e também não tem tantos homens assim no meu pé). Nesse tempo, eu já me apaixonei, já senti falta de namorado, já tive namorado de fim de semana, e pedidos em namoro, enfim..... Talvez eu tenha passado a ver o namoro como uma coisa séria demais, e por isso eu sempre acabo me desviando dessas relações.

Conversando com uma pessoa, ela me expôs uma teoria que pode caber perfeitamente no mundo dos solteiros: o namoro – que deveria ser o processo de conhecer alguém e ver se a coisa dá certo, pra então partir pra um noivado, casamento e tal – o dito NAMORO virou um status praticamente sagrado, seríssimo. E por ter-se transformado num compromisso tão sério, por assim dizer, os solteiros preferem exercitar a “vadiagem” e ter pequenos romances, sexo casual, paliativos para a carência que é comum de todos nós.(Esse “mal” (ou bem?) que assola a classe avulsa é cada vez mais comum, tanto quanto o número dos novos solteiros que, após um longo relacionamento esvaído por diversas razões, ficam traumatizados com a experiência e assumem um comportamento inverso. Nada de compromisso, nada de sentimentos.)

Pode ser exigência demais....ou ate mesmo vontade de passar o rodo em geral antes de sossegar o rabo com alguém, se casar e ter filhos... pode ser a filosofia “Carpe Diem”, ou pode ser a falta daquele *plim* que deixa a gente calmo e confiante pra seguir, largando toda a libertinagem, e tornando-se indisponível no mercado sexual sentimental. Ou ainda, pode ser trauma, aversão a qualquer hipótese de viver preso a alguém perdendo oportunidades, e pode ser um instinto individualista.

Não sou solteira só porque quero estar assim. Também não vou estabelecer um contrato amoroso só pra não ficar sozinha e ter com quem fazer amorzinho e depois dormir agarrada nas noites frias da região serrana. Estou solteira porque não senti que era a hora de pegar o buquê na festa de casamento e castigar o Santo Antônio. O direito de ir e vir sem ter DRs, sem satisfações obrigatórias, sem sorrisos amarelos ou sexo conveniente, são coisas que ainda me prendem ao status de avulsa master. Estou, sim, aproveitando o meu espaço, conhecendo o que tenho pra conhecer, arriscando e ousando como não fiz até os meus 25 anos (é, eu sou velha). Tarde pra isso? Nunca. Mas não pensem que estar convicto da solteirice é grande vantagem. Uma hora, a gente acaba caindo nos encantos de quem nos mereça ou não e toda essa conversa fica esquecida num cantinho, pra você contar aos seus netos, como na propaganda da Skol. hauhauahuahuah ...É tempo de aproveitar você mesmo e se dar a chance de aprender com as merdas que faz, é cair na real de que você não precisa dividir a vida com qualquer um que apareça com mil promessas. Solteirice é fase que pra maioria vai passar, e quem prega a pegação eterna pode estar redondamente iludido. Prepotentemente, isso é o que eu penso. Estar solteiro é necessário para avaliar, e dependendo do tempo, reavaliar certas coisas em sua vida. Mas não é a melhor opção pra vida toda, afinal de contas quem vai preparar um chá pra você quando estiver velhinho?!?!?!

Eu estou solteira há 1 ano e 7 meses, estou feliz comigo mesma!