quinta-feira, 26 de março de 2009

MULHERES

Este mês foi comemorado o Dia Internacional da Mulher.
Como eu celebrei a data? Completamente indiferente. São tempos negros para festejar qualquer coisa, ainda mais a condição do sexo feminino.
Guria grávida aos nove anos, estudante estuprada em universidade, cantora espancada e perdoando namorado por isso… Não há motivos para gritar em alto e bom som as vantagens de usar saias. Creio na realidade, que este é o momento de deixar essa data esquecida.
Sempre foi e sempre será um pedido de desculpas mundial as repressões vividas anteriormente e uma homenagem as conquistas feitas posteriormente. Porém, vejo que atualmente é desnecessário ficar ressaltando anualmente a mesma ladainha de sempre.
‘Mulher, ser abençoado’, ‘Fonte da vida’ ou ‘Dona das emoções’ são apenas algumas das frases clichês que formam o 8 de março. Precisamos mesmo ganhar presentes, elogios e palavras reconfortantes durante este período de 24 horas para aceitarmos nosso próprio gênero sexual?
Os homens por ainda acreditarem que somos mais frágeis e as mulheres por acharem que são tão superiores assim. Mãe, trabalhadora, amante, amiga, esposa, conselheira, empresária… Eleva-se toda essa multiciplidade como se não tivesse sido pedida. É hipocrisia atenuar fatos que foram desejados, tal como ‘cuspir no prato que comeu’.
Tá mais do que na hora de deixar o romantismo envolto no sexo feminino de lado e começar a enxergar ambos os gêneros como de igual importância e valor dentro da sociedade. Isso significa também, apontar as falhas dos dois que deixaram a Terra negligenciada do jeito que está.
Quando chegar o fim dos favorecimentos, será possível então ver ações que colaborem para o todo.
E quem sabe aí, surja o Dia Internacional do Ser Humano.